sexta-feira, janeiro 13, 2006

Prémio Fotojornalismo Visão/BES com prémios até 15 mil€

O Prémio Fotojornalismo Visão/Banco Espírito Santo, o maior galardão português no sector, vai atribuir este ano prémios entre 15 mil e 2.500 euros, anunciou hoje a organização.

Este galardão, já na sexta edição e patrocinado pelo Banco Espírito Santo, «vai premiar o que de melhor se faz no fotojornalismo em Portugal e descobrir novos talentos nacionais na arte de bem aliar bom jornalismo com boa fotografia», segundo as entidades promotoras.

Podem candidatar-se ao prémio todos os fotógrafos portugueses ou estrangeiros residentes em Portugal, com as imagens captadas durante o ano 2005 e que tiveram como objectivo serem publicadas na imprensa.

As categorias a concurso são: reportagem (série de fotografias sobre um tema), vida quotidiana (momentos do dia-a-dia), notícias (acontecimentos planeados e imprevistos), retrato (pessoas em geral e figuras públicas), desporto (acontecimentos e movimentos), espectáculo (ribalta e bastidores) e natureza (paisagem e vida selvagem).

Os prémios dividem-se em Grande Prémio Banco Espírito Santo, no valor de 15 mil euros, e Prémio Categoria, com sete classes e o valor de 2.500 euros por cada uma.

À semelhança de outras edições, o Prémio Fotojornalismo Visão/Banco Espírito Santo não se esgota no concurso, pois prossegue ao longo do ano através de uma exposição pelo país das fotos premiadas, em conjunto com a exposição internacional de fotografias da imprensa «World Press Photo».

Além disso, será editado um livro com todas as fotografias premiadas e as imagens mais marcantes que estiveram a concurso no âmbito do Prémio Fotojornalismo Visão/Banco Espírito Santo.

Todos os trabalhos a concurso devem ser entregues até 24 de Fevereiro.

Fonte: Diário Digital / Lusa

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Hoje é o Dia do Fotógrafo

Antes de aprender a se comunicar verbalmente o homem entende o mundo a sua volta pelo que visualiza. Essa comunicação foi se fortalecendo graças a descoberta da fotografia. Para comemorar esse advento é que foi criado o Dia do fotógrafo e da Fotografia, que acontece hoje. O primeiro registro da captação de imagens pelo homem vem da Grécia, antes de Cristo, quando Aristóteles criou uma imagem através de um orifício. De lá para cá muita coisa mudou. E para melhor. É o que garante um dos mais antigos fotógrafos de Cuiabá, Rubens Rodrigues.

Prestes a completar 72 anos, sendo cinqüenta desses captando imagens pelas lentes de suas diversas máquinas, Rubens garante que dois momentos foram cruciais para que a fotografia se popularizasse ganhando cada vez mais qualidade: a invenção do filme de rolo e a era digital.

Tendo começado no ofício em 1953, aos 19 anos, ele lembra que tudo era muito difícil na época. "Não entendia nada, mas queria saber tudo sobre fotografia. Admirava os antigos fotógrafos chamados de Lambe-lambe, que viviam espalhados pelas praças de Cuiabá. Todo o processo de captar imagens me encantava", lembrou. Assim trabalhou também com raio-x e operador do antigo Cine Teatro até chegar ao ofício de fotógrafo. Deu início a esta última profissão aos 19 anos ao começar a trabalhar como auxiliar de um laboratório da cidade.

No estúdio trabalhava com máquinas fotográficas do tipo "sanfona". Aprendeu muito e resolveu alçar vôo solo. Abriu seu laboratório em 1984, o Foto Rubens, do qual se orgulhava muito de ser uma das "melhores fotografia 3 x 4 de Cuiabá. Das unhas sujas de produtos reveladores das fotos não lembra com saudades, mas sim das máquinas que, em sua opinião, são mais velozes que as digitais e não deixam um momento passar em branco quando é preciso.

Hoje trabalha como fotógrafo da Câmara de Cuiabá e revela que foi parar no fotojornalismo por gostar muito de momentos do cotidiano. "Adoro flagrantes", diz. Em suas lentes já passaram muitos famosos, como os ex-presidentes que visitaram a Capital como Castelo Branco e FHC, além de muita coisa bonita e muita tristeza.

Criou três filhos com o ofício, mas nenhum deles quis captar imagens como o pai. O gosto pela arte da fotografia, ele acredita, passou direto para os netos Gabriel, de sete anos e Yasmin, de nove. "Não podem ver minha máquina que já querem sair clicando", brinca. Fazem somente fotos da família, mas o pequeno Gabriel já mostra que tem jeito para a coisa. Em suas fotos o enquadramento é sempre bem cuidado. Nada é tirado de qualquer jeito.

Conselhos – Para os que se iniciam nessa arte Rubens aconselha: primeiro é preciso ser simpático e desenibido. "Ninguém consegue um bom ângulo ou clicar o momento se ficar inibido diante de muita gente. "Tem que ser cara-de-pau e meter as lentes se quiser a imagem que ninguém mais vai ter", fala. Para ele, outro ponto importante para um bom profissional é conversar com quem vai sair na foto se este for posada. Tem que descontrair a pessoa e dar toques de como ficar melhor sem um brilho no rosto ou um óculos pendurado.

A pressa, diz ele, sempre atrapalha, é preciso ter paciência para conseguir "a foto” e aconselha mais: não beber durante o trabalho para evitar tremedeira e falta de foco nas fotos pela ação do álcool.

Fonte: Diário de Cuiabá

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Sampaio apela à participação nas presidenciais

A três semanas de os portugueses serem chamados às urnas para escolher o novo Presidente da República, Jorge Sampaio aproveitou a tradicional mensagem de Ano Novo para apelar à participação dos portugueses nas eleições de dia 22, sublinhando a sua importância para o futuro nacional

«A próxima eleição presidencial vai ter lugar num quadro de estabilidade constitucional, marcado por um forte consenso nacional sobre o estatuto institucional do Presidente da República e sobre a função presidencial», declarou Jorge Sampaio, na sua última mensagem de Ano Novo enquanto Presidente da República. «Apelo aos portugueses a que participem nesta escolha tão importante para o nosso futuro», acrescentou o chefe de Estado que termina o mandato de dez anos (1996-2006) em Belém no dia 9 de Março.

Sublinhando a crise em que o País se encontra, Sampaio manifestou-se preocupado com os «muitos portugueses que enfrentam grandes dificuldades no seu emprego e na sua vida» e frisou a «urgência» de Portugal realizar «reformas políticas, económicas e orçamentais».

O Presidente defendeu que, ao dar maioria absoluta ao PS, os portugueses fortaleceram as condições de estabilidade «indispensáveis» para efectivar essas reformas, para as quais disse ter alertado os governos socialistas e PSD/CDS-PP. «Todos eles puderam contar com a solidariedade institucional do Presidente da República e com o meu empenho constante em revelar toda a extensão dos problemas, de modo a poder mobilizar a vontade nacional para os resolver», adiantou.

Na mensagem transmitida pela televisão e rádio públicas, Jorge Sampaio pediu «confiança» no «destino colectivo» do País e empenho numa resposta à «mais grave» crise da União Europeia «desde a sua fundação». «Não aceito, e sei que os portugueses também não aceitam, um país adiado ou conformado e, menos ainda, o regresso a uma existência apagada e ao isolamento mesquinho que marcou os longos anos sombrios do Estado Novo», disse.

Jorge Sampaio destacou também a crise da Justiça, que disse ter procurado evitar «enquanto tal foi possível» e, depois, ter contribuído para conter os seus «piores efeitos», vincando a importância do «primado do direito». «A própria democracia é posta em causa quando a Justiça não protege suficientemente as liberdades e direitos fundamentais, que são a razão de ser primeira do Estado de direito», declarou, acrescentando que ao Presidente da República é exigida «uma atenção permanente às instituições judiciárias e seu funcionamento».

Fonte: VISAOONLINE, 2 Jan. 2006